terça-feira, 17 de maio de 2011

O Mago, de Raymond E. Feist



Ao contrário do que sugere o título, “O Mago” não é livro estritamente sobre magia.

“O Mago” é uma fabulosa obra de fantasia, provavelmente uma das melhores já escritas.

O protagonista da história é Pug, um garoto órfão, que vive no castelo de Crydee, uma das cidades do Reino de Midkemia. Thomas o melhor amigo de Pug, também tem papel relevante na história principal do livro.

Paralelamente a toda a aventura e ação descritas no livro, a todas as cenas de batalha, de guerra e estratégia, o livro é sempre constituído de uma “aura” de muita reflexão em questões importantes, caso o leitor esteja atento a isso.

Amor, paixão, amizade, lealdade, bravura, e muitas outras coisas, entram como tempero nessa magnífica e divertidíssima obra.

Quando uma “brecha” se abre, de um mundo desconhecido para o reino de Midkemia, tudo muda, e a paz que antes reinava, dá lugar a uma terrível guerra, onde o reino precisa lutar contra seres que ao que parece, possuem uma magia muito além da conhecida em Midkemia…

Pug, a essa altura era Aprendiz de Mago - e embora pese que Kulgan, o seu Mestre, percebesse nele um potencial enorme e “diferente”-, e duvidava das suas capacidades, já que a vontade verdadeira dele, era ser escolhido para ser guerreiro, como o seu amigo Thomas.

Num episódio na floresta, Pug acaba por salvar a Princesa Carline de um ataque mortal, o que lhe vale uma promoção a escudeiro do Duque Borric, pai da princesa Carline.

Em dado momento, o Duque decide atravessar o reino, passando inclusive pela mais temida floresta, dominada pela “Irmandade das Trevas”, para levar pessoalmente a informação da invasão do outro mundo ao Príncipe, em Krondor.

   (Clique no mapa para o ampliar)

Pug e Thomas, dois rapazes afoitos por aventura, oferecem-se para acompanhar a corte nessa jornada, sem no entanto fazerem a mínima ideia de que essa viagem iria mudar as suas vidas, e seria muito mais longa do que alguma vez poderiam imaginar…

A partir daí o livro se desenrola numa espetacular odisseia, entre batalhas, política, magia, sangue, coragem e saudades de casa…

Afinal, qual é o objetivo de uma guerra? O que justifica começa-la ou termina-la? Ao que é capaz de resistir uma amizade ou uma paixão? Quais os limites do amor ao próximo e à pátria?

Há muito por resolver, e o destino de dois mundos, irá ficar principalmente nas mãos de Pug, “o órfão do castelo”, que assim como Thomas, terá que travar incríveis e dolorosas batalhas internas, tendo que passar de “rapazes” à homens, na velocidade de um relâmpago…

PS: Essa resenha refere-se ao Livro “Magician”, de Raymond E. Feist, que foi publicado em dois volumes nos Estados Unidos. Em Portugal, seguiu-se o mesmo caminho e foi dividido em “O Mago – Aprendiz” e “O Mago – Mestre”.
No Reino Unido, o livro continua a ser publicado em apenas um volume, conforme o original.

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